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30 de jan. de 2017

O 3º Chakra – Plexo Solar (Manipura)

- Imagem: Mandala do Chakra Plexo solar by Ellen Allmye -


O 3º Chakra – Plexo Solar

Seu nome, em sânscrito, é Manipura, que significa “Repleto de Joias”.

Sua cor é o Amarelo ou, em um plano mais sutil, o Dourado.

Seu mantra é RAM

Regido pelo Sol e pelo Elemento Fogo.

Cristais: Citrino, Topázio, Pedra do Sol, pode-se usar, também, a Pirita.

Ele localiza-se na altura do estômago, quatro a seis dedos acima do umbigo, rege nossa Auto Estima, o Ego, o foco, a boa relação consigo mesmo e com os outros, nossa determinação, motivação, atitude, auto controle, brilho, poder pessoal e satisfação.

É, também, um chakra muito utilizado pelos médiuns, em processos de materialização e contatos com seres de outros planos, por ser um centro que armazena energias místicas.

Quando bem equilibrado, ele nos auxilia na conscientização acerca de nosso próprio valor, nos tornando flexíveis, traz a alegria, energia, calor humano, poder.

É o terceiro e último dos três chakras físicos, ele relaciona-se, também, aos ganhos materiais, à nossa forma de lidar com o dinheiro.

Outra particularidade sobre esse centro é a sua capacidade de perceber as tensões, captar as energias de pessoas e locais. Aquela sensação incômoda no estômago, muitas vezes um enjoo, quando estamos em alguns locais, ou diante de algumas pessoas, pode ser uma reação desse chakra à circunstância presente.

Fisicamente, ele rege o sistema digestivo, principalmente, o estômago, bem como o pâncreas.

Em desequilíbrio pode ocasionar estresse, baixa auto estima, incapacidade de lidar com o dinheiro, raiva, arrogância, soberba, personalidade sugestionável e influenciável, falta de determinação, dentre outras disfunções.

Doenças relacionadas a ele: Males que afetam o aparelho digestivo em geral como úlceras, gastrite, doenças que afetam o fígado, diabetes, hipoglicemia, etc.

Para reequilibrá-lo ou mantê-lo equilibrado, pratique atividades como a dança de ritmos mais latinos e cadenciados, como rumba, salsa, flamenco, paso doble, procure fazer caminhadas, pela manhã, sentindo sentindo o contato com o Sol, medite diante de uma vela, use a cor Amarela, procure ingerir alimentos dessa cor e, quando sentir-se irritado, experimente pegar um papel, concentrar toda a sua irritação nele e rasgá-lo.

Mantenha atitudes de estar bem consigo mesmo, de se gostar, de ter consciência do seu poder pessoal, do seu brilho e capacidade. Você É. Você Pode.

Procure, também, meditar, entoando o mantra RAM (pronunciando-o com o “A” aberto: RÁÁÁMMM), enquanto deixa repousar, sobre seu corpo, 4 a 6 dedos acima do umbigo, um dos cristais descritos no começo da postagem. Mentalize saindo de si uma luz  amarelada, girando em sentido horário, ativando esse centro e tornando-o propício a estimular o contato com o mundo material. Potencialize essa meditação mentalizando um imenso e radiante Sol brilhando a partir desse centro e irradiando seu corpo e sua aura por completo, retornando, então, para o Plexo.

Outro mantra recomendado é o OM Srim Namaha, o mantra específico desse chakra. Mentalize-o, ao menos, três vezes ao dia.

Faça isso durante 15 minutos por dia e sinta a diferença!


Fonte: https://lotusdelakshimi.wordpress.com/2012/07/22/o-3o-chakra-plexo-solar/

27 de jan. de 2012

A despedida


Poema da despedida 

Um dia, quando chegar a hora da sua despedida 
E você tiver que ir embora
Mesmo que eu sinta profunda tristeza
Prefiro que não me olhes!

Queria que sua despedida
Fosse como a da tarde em relação ao dia
Dando lugar à minha lua para enfeitar a noite
Que depois cede seu lugar ao sol
Para iluminar e aquecer um novo dia

Queria que sua despedida
Tivesse a leveza de um botão desabrochando em flor
Com cor e perfume para alegrar um coração apaixonado
O mesmo coração que um dia você nele se plantou

Queria que sua despedida
Deixasse em meu coração um lindo jardim
Com rosas, margaridas, orquídeas e jasmins
Plantadas por você e com seu jeito doce de gostar de mim

Queria que sua despedida fosse como a calmaria do mar
Tranquila, serena sem marear
Onde eu possa com minha nau navegar... 
Sem sobressaltos

Queria que sua despedida 
Fosse como a corrente dos rios
Que ao encontrar seu destino, o mar
Se harmonizam o doce com o sal
E desmancham tristezas e mágoas
Se acaso elas existirem

Queria que sua despedida 
Fosse como a lua se despede do sol 
Como o dia se despede da noite 
Como as estrelas se vão, apenas deixando de brilhar 
Mas elas, elas sempre estarão lá 

Queria que você, ao se despedir de mim
Não falasse nada. Não dissesse nada...
Apenas deixe de brilhar 
E transforme em silêncio
A certeza que permanecerá... 
Eternamente viva no meu coração

Queria que na sua despedida
Você simplesmente fosse... 
Como foi...

Mas deixando em mim a esperança
De quem sabe um dia
Embalando sonho e fantasia
A gente possa se reencontrar...
Lá no céu...
Eu, você, a lua... e a poesia


Créditos: "Poema da despedida" - Jorge Luiz Vargas
fonte: http://www.amorempoesia.com.br


17 de jan. de 2012

Ilha tropical


ILHA TROPICAL

Eu amo a vida como o amo o mar 
As estrelas a Lua e o espreguiçar
Das ondas no areal
O Luar e o Sol posto numa ilha
Deserta, qual maravilha
Onde o silêncio pode reinar

Me vejo bem alto sobre um rochedo
Olhar o mar e descobrir o segredo
Do encanto das sereias
Ver os golfinhos em brincadeira
Em felicidade verdadeira
Entre as ondas, longe da areia

Dormir
À sombra dos coqueiros
Sonhar 
Que sou eu o jardineiro
Dessa ilha 
Na verdade encantada
Acordar,
Com a brisa do mar
A ouvir 
Pássaros a cantar
Junto a mim,
Sobre o capim.

E assim a vida iria continuando
Os dias iriam sempre passando
Com o sabor tropical.
E eu fazia castelos de areia doirada
Nas suas torres gaivotas poisadas
Com os olhos em cristal.

E a imensidão do mar, que eu amo
Traz até mim minha vida , meu engano
Ao meu mundo voltei
Nada era igual aquela ilha deserta
Que no meu sonho foi descoberta
E triste fiquei quando acordei

(A. da fonseca)



30 de set. de 2011

Iamulumulu - a Formação dos Rios


Iamulumulu - a Formação dos Rios

Savuru era um espírito que possuía duas esposas. A pedido dos irmãos Sol e Lua, que as cobiçavam, as ariranhas o mataram, ficando sua esposa mais velha com o sol e a outra com a lua. Seguiram então os casais em direção à aldeia de Kanutsipei. Durante o caminho, os irmãos encontraram dificuldades e necessitaram da ajuda de outros espíritos: Iumulumulu lhes curou a impotência, Ierêp fez com que neles nascesse o ciúme das esposas e, uma vez cansados, pediram a Uiaó algo que os fizessem adormecer. No dia seguinte, dispostos, retomaram a caminhada. Chegando ao local pretendido, estavam sedentos e pediram água a Kanutsipei.

A água, porém, estava suja. O irmão Lua, tomando a forma de um beija-flor, voou rapidamente à procura de boa água. Ao voltar contou-lhes que o espírito os enganara, mantendo escondidos muitos potes com a mais pura água. Contrariados, os casais retornaram a sua aldeia, contando a todos o que ocorrera. O Sol e a Lua uniram-se a vários espíritos, Vanivani, Iananá, Kanaratê, os zunidores Hori-hori, invocando também os espíritos das águas que habitavam a copa do Jatobá. Chamaram ainda as máscaras Jakui-katu, Mearatsim, Ivat, Jakuiaép e Tauari. Reunidos, dançaram e resolveram voltar à aldeia de Kanutsipei para tomarem posse de sua água, quebrando todos os potes, conduzindo-a a outras regiões. Mearatsim, o primeiro a chegar, cantou para espantar o dono do local.

Chegaram então os outros espíritos, à medida que os potes foram quebrados, formou-se ali uma grande lagoa, de onde cada um dos espíritos criou um rio. Assim, o Sol criou o Rio Ronuro; Vani-vani formou o Rio Maritsauá; Kanaratê, o Paranajuva; Tracajá, o Kuluene e Iananá, um afluente do Ronuro. A formação dos rios não agradou ao Sol, pois todos corriam para o Morena, a região sagrada dos espíritos. Iniciou-se ali uma grande confusão, em meio à qual a Lua foi engolida por um grande peixe. O Sol, desesperado, saiu à procura do irmão, no ventre dos peixes que encontrava. Chegou a capturar o Tucunaré, o Matrinxã, o Pirarara e a Piranha. Mas havia sido o Jacunaum que a engolira, informou o Acará. E ambos, unidos, partiram à caça do peixe.

Pediram a Tapera (andorinha do campo) que lhes conseguisse um grande anzol, ocultando-o num charuto. O Acará nadou à procura de Jacunaum, oferecendo-lhe fumo. Desta maneira, o Sol conseguiu fisgá-lo. Entretanto, dentro do peixe, restavam apenas os ossos de seu irmão. Desejando ardentemente que a Lua revivesse, o Sol arrumou no chão seu esqueleto, cobrindo-o com as folhas perfumadas do Enemeóp. Aos poucos, como por encanto, a carne foi surgindo, revestindo os ossos até formar um novo corpo. Faltava-lhe ainda a vida. O Sol então introduziu um mosquitinho em sua narina, provocando-lhe um espirro, que a fez finalmente despertar. Assim foram criados os rios e, a partir daí, iniciou-se a prática da pajelança, tendo sido o Sol o primeiro pajé.



Lenda Indígena – Sem Autor
Extraído do site Desvendar


19 de ago. de 2011

O Canto do Galo


Não era ele que levantava o sol

Era uma vez um grande quintal onde reinava soberano e poderoso galo. Orgulhoso de sua função, nada acontecia no quintal sem que ele soubesse e participasse. Com sua força descomunal e coragem heróica, enfrentava qualquer perigo. Era especialmente orgulhoso de si mesmo, de suas armas poderosas, da beleza colorida de suas penas, de seu canto mavioso.

Toda manhã acordava pelo clarão do horizonte e bastava que cantasse duas ou três vezes para que o sol se elevasse acima para o céu. "O sol nasce pela força do meu canto", dizia ele. "Eu pertenço à linhagem dos levantadores do sol. Antes de mim era meu pai; antes de meu pai era meu avô!" ...

Um dia uma jovem galinha de beleza esplendorosa veio morar em seu reinado e por ela o galo se apaixonou. A paixão correspondida culminou numa noite de amor para galo nenhum botar defeito. E foi aquele amor louco, noite adentro. Depois do amor, já de madrugada, veio o sono. Amou profundamente e dormiu profundamente. 

As primeiras luzes do horizonte não o acordaram como de costume. Nem as segundas. ... Para lá do meio dia, abriu os olhos sonolentos para um dia azul, de céu azul brilhante e levou um susto de quase cair. Tentou inutilmente cantar, apenas para verificar que o canto não lhe passava pelo nó apertado da garganta. - "Então não sou eu quem levanta o sol?", comentou desolado para si mesmo. E caiu em profunda depressão. O reconhecimento de que nada havia mudado no galinheiro enquanto dormia trouxe-lhe um forte sentimento de inutilidade e um questionamento incontrolável de sua própria competência. E veio aquele aperto na garganta. A pressão no peito virou dor. A angústia se instalou definitivamente e fez com que ele pensasse que só a morte poderia solucionar tamanha miséria. "O que vão pensar de mim?", murmurou para si mesmo, e lembrou daquele galinho impertinente que por duas ou três vezes ousou de longe arrastar-lhe a asa. O medo lhe gelou nos ossos. Medo. Angústia. Andou se esgueirando pelos cantos do galinheiro, desolado e sem saída. 

Do fundo de seu sentimento de impotência, humilhado, pensou em pedir ajuda aos céus e rezou baixinho, chorando. Talvez tenha sido este momento de humildade, único em sua vida, que o tenha ajudado a se lembrar que, em uma árvore, lá no fundo do galinheiro, ficava o dia inteiro empoleirado um velho galo filósofo que pensava e repensava a vida do galinheiro e que costumava com seus sábios conselhos dar orientações úteis a quem o procurasse com seus problemas existenciais.

O velho sábio o olhou de cima de seu filosófico poleiro, quando ele vinha se esgueirando, tropeçando nos próprios pés, como que se escondendo de si mesmo. E disse: "Olá! Você nem precisa dizer nada, do jeito que você está. Aposto que você descobriu que não é você quem levanta o sol. Como foi que você se distraiu assim? Por acaso você andou se apaixonando?". Sua voz tinha um tom divertido, mas ao mesmo tempo compreensivo, como se tudo fosse natural para ele. A seu convite, o galo angustiado empoleirou-se a seu lado e contou-lhe a sua história. O filósofo ouviu cada detalhe com a paciência dos pensadores. Quando o consulente já se sentia compreendido, o velho sábio fez-lhe uma longa preleção:

"Antes, quando você ainda achava que até o sol se levantava pelo poder do seu canto, digamos que você estava enganado. Para definir seu problema com precisão, você tinha o que pode ser chamado de "Ilusão de Onipotência". Então, pela mágica do amor, você descobriu o seu próprio engano, e até aí estaria ótimo, porque nenhuma vantagem existe em estar tão iludido. Saiba você que ninguém acredita realmente nessa história de canto de galo levantar o sol. Para a maioria, isto é apenas simbólico: só os tolos tomam isto ao pé da letra. "Entretanto, agora", continuou o sábio pensador, "você está pensando que não tem mais nenhum valor, o que é de certa forma compreensível em quem baseou a vida em tão grande ilusão. Contudo, examinando a situação com maior profundidade, você está apenas trocando uma ilusão por outra ilusão. O que era uma 'Ilusão de Onipotência' pode ser agora chamado de 'Ilusão de Incompetência'. Aos meus olhos, continuou o sábio, nada realmente mudou. Você era, é e vai continuar sendo, um galo normal, cumpridor de sua função de gerenciar o galinheiro, de acordo com a tradição dos galináceos. Seu maior risco, continuou o pensador, é o de ficar alternando ilusões. Ontem era 'Ilusão de Onipotência', hoje, 'Ilusão de Incompetência'. Amanhã você poderá voltar à Ilusão de Onipotência novamente, e depois ter outra desilusão... Pense bem nisto: uma ilusão não pode ser solucionada por outra ilusão. A solução não está nem nas nuvens nem no fundo do poço. A solução está na realidade". Após um longo período de silêncio, o velho galo filósofo voltou-se para os seus pensamentos. Nosso herói desceu da árvore para a vida comum do galinheiro. 

Na dia seguinte, aos primeiros raios da manhã, cantou para anunciar o sol nascente. E tudo continuou como era antes. 

(Maurício de Souza Lima)