27 de jan. de 2012

A despedida


Poema da despedida 

Um dia, quando chegar a hora da sua despedida 
E você tiver que ir embora
Mesmo que eu sinta profunda tristeza
Prefiro que não me olhes!

Queria que sua despedida
Fosse como a da tarde em relação ao dia
Dando lugar à minha lua para enfeitar a noite
Que depois cede seu lugar ao sol
Para iluminar e aquecer um novo dia

Queria que sua despedida
Tivesse a leveza de um botão desabrochando em flor
Com cor e perfume para alegrar um coração apaixonado
O mesmo coração que um dia você nele se plantou

Queria que sua despedida
Deixasse em meu coração um lindo jardim
Com rosas, margaridas, orquídeas e jasmins
Plantadas por você e com seu jeito doce de gostar de mim

Queria que sua despedida fosse como a calmaria do mar
Tranquila, serena sem marear
Onde eu possa com minha nau navegar... 
Sem sobressaltos

Queria que sua despedida 
Fosse como a corrente dos rios
Que ao encontrar seu destino, o mar
Se harmonizam o doce com o sal
E desmancham tristezas e mágoas
Se acaso elas existirem

Queria que sua despedida 
Fosse como a lua se despede do sol 
Como o dia se despede da noite 
Como as estrelas se vão, apenas deixando de brilhar 
Mas elas, elas sempre estarão lá 

Queria que você, ao se despedir de mim
Não falasse nada. Não dissesse nada...
Apenas deixe de brilhar 
E transforme em silêncio
A certeza que permanecerá... 
Eternamente viva no meu coração

Queria que na sua despedida
Você simplesmente fosse... 
Como foi...

Mas deixando em mim a esperança
De quem sabe um dia
Embalando sonho e fantasia
A gente possa se reencontrar...
Lá no céu...
Eu, você, a lua... e a poesia


Créditos: "Poema da despedida" - Jorge Luiz Vargas
fonte: http://www.amorempoesia.com.br


19 de jan. de 2012

O medo


Do Medo

Não pode o poema 
circunscrever o medo, 
dar-lhe o rosto glorioso 
de uma fábula 
ou crer intensamente na sua aura. 
Nós permanecemos, quando 
escurece à nossa volta o frio 
do esquecimento 
e dura o vento e uma nuvem leve 
a separar-se das brumas 
nos começa a noite. 

Não pode o poema 
quase nada. A alguns inspira 
uma discreta repugnância. 
Outras vezes inclinamo-nos, reverentes, ante os epitáfios 
ou demoramo-nos a escutar as grandes chuvas 
sobre a terra. 
Quem reconhece a poesia, esse frio 
intermitente, essa 
persistência através da corrupção? 
Quase sempre a angústia 
instaura a luz por dentro das palavras 
e lhes rouba os sentidos. 
Quase sempre é o medo 
que nos conduz à poesia. 


Voltando ao medo: as asas 
prendem mais do que libertam; 
os pássaros percorrem necessariamente 
os mesmos caminhos no espaço, 
sem possibilidades de variação 
que não estejam certas com esse mesmo voo 
que sempre descrevem. 
Voltando ao medo: o poema 

desenha uma elipse em redor da tua voz 
e cerca-se de angústia 
e ervas bravias — nada mais 
pode fazer. 

Luis Filipe Castro Mendes, in "A Ilha dos Mortos"



17 de jan. de 2012

A rosa que chora (Rosa amarela)


Hoje, em minhas infinitas "buscas" na net, tentando me inspirar nos poemas pra criar uma imagem, achei um que me fez arrepiar... Na verdade era um grito de dor, de alguém que sofre por amor e que compara sua amada com uma rosa amarela. De certa forma é irônico, porque sempre se ouviu falar que a rosa amarela é sinal de amizade. Mas a grandeza desse poema, não está na cor da rosa e sim nas lágrimas que ela derrama. Sei que foi um desabafo, mas quero deixar meus parabéns à autora, porque nada me tocou tanto nessas últimas andanças como esse belo poema que deveria se chamar "A rosa que chora".
(Ellen Allmye)

Rosa amarela

De todas as Rosas Amarelas, 
Você a mais linda que vi. 
Hoje floresce tão longe... 
Muito distante daqui... 

Deixou no ar um perfume, 
No meu coração a saudade. 
Na minha vida a certeza, 
De uma eterna Amizade. 

Meu jardim hoje é triste, 
Falta Você minha flor... 
E nessa ausência insuportável, 
Existe a presença da dor. 

Hoje a saudade é egoísta, 
Talvez uma saudade "vulgar". 
Que não entende e não aceita, 
O vazio no seu lugar. 

Um dia, quem sabe um dia... 
Essa dor tão excessiva, 
Se transforme na saudade, 
Saudade definitiva. 

Que não é filha da esperança, 
E que me faça caminhar.. 
Sem tristezas e sem lágrimas. 
Levando Você no olhar. 

Giselle.... Gisa como vc me chamava...



“Carnaval só nosso”



“Carnaval só nosso”

Vestidos de arco-íris vamos pelo salão
No compasso patente desse louco amor.
Ao conhecer na pele o toque da tua mão
Antevejo paixão nos teus braços, Pierrot.
Sem máscaras agora, somos apenas nós
Brincando na fantasia, que nos alucina
Esquecendo o tempo, esse nosso algoz
Recheamos de encanto cada verso, e rima
O intenso brilho do teu olhar afiança
Que não haverá cinzas na quarta- feira.
E o sabor da boca acorda a esperança
Que chega vestindo a alma, sorrateira.
Alegria rara, de repente nos envolve
No enredo desse amor, rumo certeiro
Desatina o coração, embriaga, absorve
Diz que vai ser carnaval o ano inteiro.

(de Glória Salles)

Bolhas cor-de-rosa


BOLHAS

Olha a bolha d'água
no galho!
Olha o orvalho!
Olha a bolha de vinho
na rolha!
Olha a bolha!
Olha a bolha na mão
que trabalha!
Olha a bolha de sabão
na ponta da palha:
brilha, espelha
e se espalha
Olha a bolha!
Olha a bolha
que molha
a mão do menino:
A bolha da chuva da calha !

Cecília Meireles

Buscando inspiração


BUSCANDO INSPIRAÇÃO...

DESABAFO DE UM POETA

As vezes as palavras certas não surgem, a mente percorre seus arquivos mas nada aparece, como se tudo se transformasse num enorme vazio.
O poeta busca versos dos mais diversos, num versejar completo de sonhos, amores, dores passadas, almas rasgadas em prantos de dor, tempo distante e tudo em que a poesia se encontra, mas em algum momento falta algo e então entra no labirinto de seu ser e procura lá no fundo por versos completos, sonetos e letras que encantam...
Uma crise poética a qual estou passando agora, acho que as nuvens negras que me encobriam ainda não foram embora por completo...
Procurei palavras para falar de amor, elas não apareceram...Falar dos sonhos elas se foram... Descrever o rubro da paixão e nada.. Restou-me então falar da dor sombria de minha alma, repetindo versos e descobri que sou a poesia mal acabada, feita com notas em descompasso, entre linhas do meu ser em confusão...
Sou o poeta que almejou grandes versos, seguindo os mestres maiores da poesia, tenho em meu sangue seus nomes e entre eles sonhei viver, agora distante, o meu versejar deixo minha alma cinza falar mais alto e minha mente obscura procura versos que em algum lugar dentro de mim estão...
Viajei nas eras do amor, nas asas do mais belo anjo e entre desejos me achei, percorri lugares estranhos e uma rosa negra encontrei, também fiz meu brinde num tempo perdido e sangrando senti minha demência, deixando rastros e meu reflexo no espelho da minha alma, então eu disse decifra-me em versos, pois compus um poema gótico na ópera de minha vida, acabei sendo a bailarina da dor...
Agora aqui estou diante de mais uma folha de papel em branco sem saber o que escrever e me pergunto, onde estou nesse tempo se nem sei quem é o poeta que habita em mim...
É as vezes as palavras certas não surgem...

(Angela Souza)

fonte: http://blogdamariangeladesouza.blogspot.com/



Ilha tropical


ILHA TROPICAL

Eu amo a vida como o amo o mar 
As estrelas a Lua e o espreguiçar
Das ondas no areal
O Luar e o Sol posto numa ilha
Deserta, qual maravilha
Onde o silêncio pode reinar

Me vejo bem alto sobre um rochedo
Olhar o mar e descobrir o segredo
Do encanto das sereias
Ver os golfinhos em brincadeira
Em felicidade verdadeira
Entre as ondas, longe da areia

Dormir
À sombra dos coqueiros
Sonhar 
Que sou eu o jardineiro
Dessa ilha 
Na verdade encantada
Acordar,
Com a brisa do mar
A ouvir 
Pássaros a cantar
Junto a mim,
Sobre o capim.

E assim a vida iria continuando
Os dias iriam sempre passando
Com o sabor tropical.
E eu fazia castelos de areia doirada
Nas suas torres gaivotas poisadas
Com os olhos em cristal.

E a imensidão do mar, que eu amo
Traz até mim minha vida , meu engano
Ao meu mundo voltei
Nada era igual aquela ilha deserta
Que no meu sonho foi descoberta
E triste fiquei quando acordei

(A. da fonseca)



9 de jan. de 2012

Gueixas


GUEIXA, MUSA DO MUNDO FLUTUANTE

Muito se fala e se discute, principalmente no ocidente, sobre a figura e o papel da gueixa na sociedade japonesa. Na prática, poucos ocidentais, e mesmo japoneses, têm efetivamente contato com uma gueixa. Em público, elas só aparecem em poucas ocasiões, como no Jidai Matsuri (Festival das Eras), e na temporada de danças tradicionais Kamogawa Odori (Danças do Rio Kamo) que ocorrem em outubro, em Kyoto. Fora tais ocasiões, alguns sortudos turistas conseguem vê-las andando pelas ruas, nas raras ocasiões em que elas saem para ter aulas de dança, shamisen (cítara de três cordas tradicional) ou ikebana (arranjo floral), ou a caminho de um restaurante para entreter algum empresário ansioso em impressionar seus convidados. Ser servido ou entretido por uma gueixa, mesmo entre os japoneses, é privilégio de poucos.

O fascínio pelo assunto no ocidente começou através de artigos de jornais e da arte, do teatro e da literatura a partir da segunda metade do século XIX, quando o Japão passou a abrir seus portos às potências ocidentais, terminando um isolamento comercial e cultural que durou mais de 200 anos. As gravuras ukiyo-e (retratos do mundo flutante) tornaram-se bastante populares e apreciadas na Europa, em especial por artistas plásticos na França. Vendidas em folhas avulsas ou até encadernadas na forma de um livro sanfonado, tais gravuras freqüentemente retratavam gueixas, havendo até artistas que se especializaram em desenhá-las, como Kiyonaga e Utamaro, formando um "estilo" dentro do ukiyo-e chamado de bijin-ga (desenho de mulher bela). Relatos de viajantes e correspondentes publicados em jornais de um Japão tão diferente e exótico eram lidos com grande curiosidade.


6 de jan. de 2012

Atraindo sorte para 2012


Sorte, amor, paz ou dinheiro? 

A taróloga Rosa Dêsidéri ensina as receitas de banhos para conquistar 
tudo o que quiser neste novo ano.
O que você quer atrair para este no ano? 
Primeiro, faça uma lista dos principais desejos que quer realizar em 2012. 
Em seguida, organize-os por ordem de importância. 
Comece pelo primeiro. Veja com qual das receitas abaixo ele combina, 
escolha um dia calmo e faça o banho.

AMOR

O alecrim limpa ambientes, clareia a mente e traz amor. 

Ingredientes:

· 1 litro de água
· 1 colher (sopa) de alecrim 

Modo de preparo: ferva a água. Desligue o fogo e despeje o alecrim. 
Misture e espere esfriar. 

Como usar?

Banhe-se normalmente. Antes de desligar o chuveiro, despeje a mistura de alecrim do pescoço para baixo. Pense em uma luz rosa envolvendo seu corpo. Procure se acalmar e relaxar. 
Por fim, agradeça pelo amado que chegará em breve.

PAZ

O manjericão eleva a alma e promove a prosperidade. 

Ingrediente:

· 1 galho de 10 cm de manjericão 

Modo de preparo: em um recipiente, esmague as folhas do galho com as mãos. 
Não deixe de mentalizar harmonia. 

Como usar?

Tome um banho normal e concentre-se em momentos de paz e felicidade. 
Massageie a pele, do pescoço para baixo, com as folhas de manjericão amassadas, 
enquanto imagina uma luz branca intensa em volta de você.

DINHEIRO

Ingredientes:

· Alfazema e folha de louro estimulam mudanças positivas e progresso.
· 3 folhas de louro
· 1 vidro de perfume de alfazema
· 1 litro de água 

Modo de preparo: ferva a água e acrescente as folhas de louro. 
Desligue e deixe esfriar. Pingue cinco gotas de alfazema. 

Como usar?

Após banhar-se como faz habitualmente, despeje a mistura do pescoço para baixo. 
É preciso que se sinta realmente próspera. Feche os olhos e imagine-se como sonha ser.

SORTE

Erva-doce e capim-cidreira chamam boas energias.

Ingredientes:

1 colher (sopa) de capim-cidreira
1 colher (sopa) de erva-doce
2 xícaras (chá) de água 

Modo de preparo: separadamente, faça uma xícara de chá de erva-doce 
e outra de chá de capim-cidreira. Depois, misture-as. 

Como usar?

No fim do banho, jogue a mistura ainda morna do pescoço para baixo. 
Foque e imagine que há uma estrela em cima de sua cabeça: 
ela deve aumentar conforme a água escorre pelo corpo.

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/